Ora bem, hoje venho-vos falar de um assunto importante para mim. Quem me segue no instagram, sabe que estou a seguir um plano alimentar, mas antes de vos falar dele, vamos way back!
Assim que sai de casa dos meus avós e comecei a viver com o meu namorado na nossa casinha, nos primeiros tempos, era uma alegria de cozinhar. Rapidamente a paciência de cozinhar todos os dias começou a desaparecer num estalar de dedos, ora era coisas pré-feitas congeladas ou vamos jantar fora, como por exemplo ao McDonalds, visto que temos um a 2 minutos de carro. Ou ele chegava tarde a casa e eu distraída com os meus botões, pedia-lhe que passasse no McDrive e me trouxesse ou um menu ou uma sopa grande ( para não pesar tanto a consciência ). Mas antes de começar a ir ao McDonalds com "regularidade" o problema já se tinha instalado. Precisamente por não ter paciência para cozinhar todos os dias e todas as refeições ( e muitas vezes fora de horas, devido ao Zé) comecei a engordar. Sempre pesei entre os 47 kg e os 50kg o que é indicado para o meu metro e meio ( mais qualquer coisa, 1,58m). Engordei, e rapidamente. Sempre tive facilidade em engordar e emagrecer, o chamado processo iô-iô. (Vamos estereotipar : vida de casados, engordamos sempre, ahah).
Passado alguns meses decidi trocar um pouco a minha vida. Visto que já não fazia exercício com regularidade, nem ginásio nem hipismo ( e acreditem, o hipismo ajudou-me muito a fortalecer o meu joelho que foi operado, já para não falar que para mim, é um escape mental - quem monta a cavalo há anos, sabe do que falo), decidi que estava na hora de mudar. Nem que fosse por um pouco. Estava com 60kg. 60kg. Muito acima do que costumava pesar. Para mim foi um choque. Não digo, choque no sentido em que me isolei do mundo e que naquele preciso momento deixei de comer o que queria ou fazer o que queria. Não, tive que meter na cabeça, aos poucos e poucos, que algo tinha que mudar. Mudar, simplesmente, só porque não me sentia bem comigo mesma. Acho que magra ou com uns kilos a mais, não há mal nenhum nisso, desde que nos sentimos bem, está tudo óptimo. Não foi o meu caso. Ignorei esta mudança de peso durante algum tempo. Não lhe dei importância, até que comecei a ver algumas alterações no meu corpo. Primeiro foi a barriga, depois os braços. Oh, principalmente os braços. Eu já não gosto de verão, por si só, prefiro mil vezes as meias estações, como o Outono e a Primavera. Não me dou bem com o calor, transpiro imenso e isso trás outros problemas, como por exemplo, arranjar calções que me tapem as bordas do rabo, ou arranjar sandálias rasas, para o meu pé pequeno e fino. No Outono-Inverno torna-se tudo mais fácil, uma camisola oversized, que nos dá um ar de cool e tapamos tudo e umas botas, estejam elas largas ou não, há solução, meias e mais meias, umas em cima das outras. Fácil, aqui temos um outfit. Camisola oversized, calças e umas botas, tão mais prático que andar de calções, com aquelas pernas com uns kilinhos a mais, um top e quiçá uns tennis. Sou muito mais a favor da moda durante Outono-Inverno.
Dizia-me muitas vezes, "estás mais gordita, fica-te bem, eras um espeto", Ora não é agradável ouvir seja de quem for, se estou gorda ou magra. De todo. Infelizmente, há uns anos tive a chamada amiga da Mia, Bulimia, mesmo que no início. Era ainda uma criança, no 12º ano, se não me engano. Comia apenas um iogurte por dia com cereais e o resto vocês já sabem. Para além de ser uma doença que está "somente" na nossa cabeça, eu não conseguia ver assim. Para mim, eu estava gordíssima, com a oscilação entre os meus 45kg/47kg. Foi difícil, já estava há 2 anos na nova escola, e mesmo assim por vezes não conseguia entender o ambiente a 100%, pois vim dum colégio privado e estrangeiro. (Sim, sou menina do colégio). E quando descobriram, neste caso, duas colegas, foi horrível e não desejo a ninguém, nem ao pior inimigo, o que me sucedeu. Lembro-me perfeitamente que tinhamos aula de filosofia à tarde e quando cheguei para me sentar na sala de aula, toda a turma começou a segredar, a rir na minha direcção e a fazer sons de vomitar, claro que já se sabe que tinham sido essas duas colegas. Pedi perdão à professora, levantei-me e debati-me com a minha mente e disse " Não permito que ninguém me faça passar por isto", sai e bati com a porta. Foi a única vez, em muito tempo, que entendi, tinha um problema. Um grave problema, que andava a negar há uns quantos meses. A professora, deu-lhes um raspanete e veio atrás de mim, pediu-me que ficasse lá fora a espera dela para falar. Sem dúvida que a professora de filosofia e de geografia tiveram um papel importante na minha pequena-recuperação. E claro a familia, por mais que esta doença, Mia, estivesse só no início. Antes de reconhecer que tinha este problema, para além de comer pouco, comecei a ficar viciada no ginásio, ia todos os dias 4 a 5 horas por dia. A recuperação está em constante andamento, na altura não consegui escapar a ser controlada a comer e nas horas seguintes. Poucas quantidades, que para mim, mesmo depois de saber do meu problema, era imenso. E claro, ir com regularidade à psicóloga entre outras coisas. Desde então sempre tive medo de voltar ao ginásio com regularidade, não queria cair na mesma tentação, no mesmo problema. Era uma luta constante, mas posso-me orgulhar de dizer que consegui. E o facto de ter engordado agora, não me vejo quando tinha 17/18 anos.
Comecei a mudar, primeiro comecei a ir ao ginásio novamente, fazer um percurso de 1h30min, às vezes ficava lá um pouco mais. Queria mudar, não porque tinha e porque não me aceitava, mas sim porque queria. Não me sentia eu, com 60kg. Eu aceito-me como sou, não tenho dúvidas disso, até porque há ouras tantas marcas mais dolorosas com histórias para contar no meu corpo que a asa de frango ou as pernas de presunto ou a barriga mais gordita. Eu aceito-me como sou, mas estou a fazer algo para mudar, porque no fundo, com kilos a mais ou não, não deixo de ser a Sara que eu conheço. Rabugenta, mau-feitio e com pelo na venta. Quis mudar e tomei as rédeas, até porque para a minha saúde, ter 60kg com 1.58m não é saudável, nem isso nem a massa gorda que está 3x ou 4x superior ao que devia estar.
A Wells juntou-se a mim, ir ao ginásio é fácil e vemos resultados gradualmente, mas não se eu andar a ingerir tudo o que uma alimentação saudável não é. Assim, a Wells propôs-me consultas de nutrição, aceitei e não podia ter calhado em melhor hora.
Mudar faz bem, quando vemos que não nos sentimos a 100% com nós próprias, e quando nos afecta a saúde e o bem-estar. Eu aceito-me. Sempre aceitei, mas sei que a minha alimentação tinha que mudar.
Sobre o meu plano alimentar e os seus resultados, irei falar mais adiante.
#ProgramaSlimWells
Até lá.
Assim que sai de casa dos meus avós e comecei a viver com o meu namorado na nossa casinha, nos primeiros tempos, era uma alegria de cozinhar. Rapidamente a paciência de cozinhar todos os dias começou a desaparecer num estalar de dedos, ora era coisas pré-feitas congeladas ou vamos jantar fora, como por exemplo ao McDonalds, visto que temos um a 2 minutos de carro. Ou ele chegava tarde a casa e eu distraída com os meus botões, pedia-lhe que passasse no McDrive e me trouxesse ou um menu ou uma sopa grande ( para não pesar tanto a consciência ). Mas antes de começar a ir ao McDonalds com "regularidade" o problema já se tinha instalado. Precisamente por não ter paciência para cozinhar todos os dias e todas as refeições ( e muitas vezes fora de horas, devido ao Zé) comecei a engordar. Sempre pesei entre os 47 kg e os 50kg o que é indicado para o meu metro e meio ( mais qualquer coisa, 1,58m). Engordei, e rapidamente. Sempre tive facilidade em engordar e emagrecer, o chamado processo iô-iô. (Vamos estereotipar : vida de casados, engordamos sempre, ahah).
Passado alguns meses decidi trocar um pouco a minha vida. Visto que já não fazia exercício com regularidade, nem ginásio nem hipismo ( e acreditem, o hipismo ajudou-me muito a fortalecer o meu joelho que foi operado, já para não falar que para mim, é um escape mental - quem monta a cavalo há anos, sabe do que falo), decidi que estava na hora de mudar. Nem que fosse por um pouco. Estava com 60kg. 60kg. Muito acima do que costumava pesar. Para mim foi um choque. Não digo, choque no sentido em que me isolei do mundo e que naquele preciso momento deixei de comer o que queria ou fazer o que queria. Não, tive que meter na cabeça, aos poucos e poucos, que algo tinha que mudar. Mudar, simplesmente, só porque não me sentia bem comigo mesma. Acho que magra ou com uns kilos a mais, não há mal nenhum nisso, desde que nos sentimos bem, está tudo óptimo. Não foi o meu caso. Ignorei esta mudança de peso durante algum tempo. Não lhe dei importância, até que comecei a ver algumas alterações no meu corpo. Primeiro foi a barriga, depois os braços. Oh, principalmente os braços. Eu já não gosto de verão, por si só, prefiro mil vezes as meias estações, como o Outono e a Primavera. Não me dou bem com o calor, transpiro imenso e isso trás outros problemas, como por exemplo, arranjar calções que me tapem as bordas do rabo, ou arranjar sandálias rasas, para o meu pé pequeno e fino. No Outono-Inverno torna-se tudo mais fácil, uma camisola oversized, que nos dá um ar de cool e tapamos tudo e umas botas, estejam elas largas ou não, há solução, meias e mais meias, umas em cima das outras. Fácil, aqui temos um outfit. Camisola oversized, calças e umas botas, tão mais prático que andar de calções, com aquelas pernas com uns kilinhos a mais, um top e quiçá uns tennis. Sou muito mais a favor da moda durante Outono-Inverno.
Dizia-me muitas vezes, "estás mais gordita, fica-te bem, eras um espeto", Ora não é agradável ouvir seja de quem for, se estou gorda ou magra. De todo. Infelizmente, há uns anos tive a chamada amiga da Mia, Bulimia, mesmo que no início. Era ainda uma criança, no 12º ano, se não me engano. Comia apenas um iogurte por dia com cereais e o resto vocês já sabem. Para além de ser uma doença que está "somente" na nossa cabeça, eu não conseguia ver assim. Para mim, eu estava gordíssima, com a oscilação entre os meus 45kg/47kg. Foi difícil, já estava há 2 anos na nova escola, e mesmo assim por vezes não conseguia entender o ambiente a 100%, pois vim dum colégio privado e estrangeiro. (Sim, sou menina do colégio). E quando descobriram, neste caso, duas colegas, foi horrível e não desejo a ninguém, nem ao pior inimigo, o que me sucedeu. Lembro-me perfeitamente que tinhamos aula de filosofia à tarde e quando cheguei para me sentar na sala de aula, toda a turma começou a segredar, a rir na minha direcção e a fazer sons de vomitar, claro que já se sabe que tinham sido essas duas colegas. Pedi perdão à professora, levantei-me e debati-me com a minha mente e disse " Não permito que ninguém me faça passar por isto", sai e bati com a porta. Foi a única vez, em muito tempo, que entendi, tinha um problema. Um grave problema, que andava a negar há uns quantos meses. A professora, deu-lhes um raspanete e veio atrás de mim, pediu-me que ficasse lá fora a espera dela para falar. Sem dúvida que a professora de filosofia e de geografia tiveram um papel importante na minha pequena-recuperação. E claro a familia, por mais que esta doença, Mia, estivesse só no início. Antes de reconhecer que tinha este problema, para além de comer pouco, comecei a ficar viciada no ginásio, ia todos os dias 4 a 5 horas por dia. A recuperação está em constante andamento, na altura não consegui escapar a ser controlada a comer e nas horas seguintes. Poucas quantidades, que para mim, mesmo depois de saber do meu problema, era imenso. E claro, ir com regularidade à psicóloga entre outras coisas. Desde então sempre tive medo de voltar ao ginásio com regularidade, não queria cair na mesma tentação, no mesmo problema. Era uma luta constante, mas posso-me orgulhar de dizer que consegui. E o facto de ter engordado agora, não me vejo quando tinha 17/18 anos.
Comecei a mudar, primeiro comecei a ir ao ginásio novamente, fazer um percurso de 1h30min, às vezes ficava lá um pouco mais. Queria mudar, não porque tinha e porque não me aceitava, mas sim porque queria. Não me sentia eu, com 60kg. Eu aceito-me como sou, não tenho dúvidas disso, até porque há ouras tantas marcas mais dolorosas com histórias para contar no meu corpo que a asa de frango ou as pernas de presunto ou a barriga mais gordita. Eu aceito-me como sou, mas estou a fazer algo para mudar, porque no fundo, com kilos a mais ou não, não deixo de ser a Sara que eu conheço. Rabugenta, mau-feitio e com pelo na venta. Quis mudar e tomei as rédeas, até porque para a minha saúde, ter 60kg com 1.58m não é saudável, nem isso nem a massa gorda que está 3x ou 4x superior ao que devia estar.
A Wells juntou-se a mim, ir ao ginásio é fácil e vemos resultados gradualmente, mas não se eu andar a ingerir tudo o que uma alimentação saudável não é. Assim, a Wells propôs-me consultas de nutrição, aceitei e não podia ter calhado em melhor hora.
Mudar faz bem, quando vemos que não nos sentimos a 100% com nós próprias, e quando nos afecta a saúde e o bem-estar. Eu aceito-me. Sempre aceitei, mas sei que a minha alimentação tinha que mudar.
Sobre o meu plano alimentar e os seus resultados, irei falar mais adiante.
#ProgramaSlimWells
Até lá.
Escrito por
Diary of Fashion